terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Desenvolvimento Sustentável
Vivemos num mundo que tem passado por profundas transformações tecnológicas, sendo a revolução cientifica um marco destas mudanças dos últimos séculos. Também a Revolução industrial, ocorrida em fins do século XVIII, marcou uma nova etapa na forma como ser humano se relaciona com a natureza, anteriormente, na sociedade rural tínhamos uma forma diferente de se relacionar como o meio ambiente. A dicotomia homem natureza da sociedade capitalista industrial retirou o senso de proteção do ser humano para com o meio ambiente promovendo o consumismo.
Seria uma grande utopia imaginar que teremos uma preservação ambiental total no modo capitalista de produção por que isto é impossível. Vale lembrar, que vivemos num sistema em que toda produção visa lucro, forçando as indústrias a vender grandes quantidades de produtos para sobreviver dentro do sistema. Toda essa lógica, conduz as empresas a vender a ideia consumista associando o com o bem estar emocional daquele que consome.
Partindo da premissa que estamos inseridos no modo de produção atual e dificilmente retrocederemos, o desenvolvimento sustentável surge como uma ótima opção de gerencia dos recursos naturais de forma equilibrada. Um dos grandes exemplos que podemos extrair para a implantação deste método, é a análise do custo benefício da degradação ambiental para implantação de determinados projetos. Como exemplos, podemos analisar a situação ambiental de cidades localizadas na floresta amazônica que vivem exclusivamente do turismo, a retirada de toda a camada de floresta tiraria uma importante fonte de riqueza, visto que a localidade não tem perfil para outro tipo de atividade. No passado, muitos achavam que a Floresta Amazônica, por ter árvores de grande porte, teria um solo rico em nutrientes, o que justificaria a sua retirada para agropecuária, no entanto, estudos mostraram que toda a aquela floresta é sustentada por grande precipitação pluviométrica, além da mesma ser responsável pela adubação do solo por meio das folhas que caem, extraindo toda aquela imensidão verde, o que restaria somente um solo pobre tendente a formar desertos.
Outro problema associado a degradação das riquezas naturais, está ligado ao fato de que este contempla somente uma minoria de pessoas que tem alto capital para investir em grandes projetos, ficando a maioria da população à margem de dito “desenvolvimento.” A expansão da soja no cerrado em áreas de floresta amazônica justifica esta afirmação ao privilegiar grandes latifundiários que investem em enormes áreas com agricultura de exportação. Esse modelo de desenvolvimento é chamado de suicida na medida em que explora os recursos naturais sem dar o devido retorno ao meio ambiente para a sua recomposição.
O desenvolvimento sustentável se pauta da lógica da extração pagando o preço da recomposição. É sabido pensar que esse despertar ecológico deveria ter ocorrido em 1500 quando os primeiros colonizadores chegaram nestas terras. Mas ainda há tempo de amenizar o que fizemos de errado no passado, sobretudo no Brasil, país que ainda é um dos privilegiados por ter a maior biodiversidade preservada do mundo.
Durante anos se instalou no Brasil indústrias em locais impróprios, usinas hidrelétricas com enorme área alagada e pouca produção de energia, extração de reservas minerais em áreas de preservação ambiental, assoreamento de rios como resultado de desmatamento das margens para a agricultura, etc. Essa lógica de uso dos recursos naturais não é mais aceitável, temos que investir em muitos estudos que analisam a viabilidade custo benefício de todos os projetos ambientais. A destruição de muitos biomas como a Mata Atlântica, pelo acelerado processo de urbanização, da Floresta Amazônica para grandes madeireiros, e a degradação do cerrado para a agropecuária, são exemplos de atitudes que o Brasil deverá repensar.
Não é o caso de voltarmos ao passado romântico em que a natureza ficara totalmente intacta, mas é partir da premissa de que não necessitamos mais de expandir a área de atuação do grande capital, pois isto já fizemos em excesso no passado, mas gerir os recursos que temos de forma a nos diferenciarmos dos demais países, criando uma espécie de crédito de carbono que trará ao Brasil uma condição de competitividade mundial inigualável. Tudo isso sem falar do grande potencial hídrico que temos, uma imensa quantidade de bacias hidrográficas nos colocando na posição de primeiros em água doce do mundo. Não devemos nos esquecer da emissão de CO2 na atmosfera, área em que o Brasil tem que investir muito em contenção por meio de incentivo ao transporte público de qualidade em detrimento do transporte individual.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)